terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Palavras Soltas



Ando, recuo e avanço, rasgo mais uma madrugada como tantas outras,
Procuro-te sem dares conta.
Incómoda, a Lua interrompe-me... perco-me...
...Engano a leviandade que me assombra e continuo o caminho,
Descubro-me outra vez... penso em ti como em mim....
Veloz, minha angústia inunda-me e desfoca suaves palavras que teimam:

“Quero-te”... “Quero-te”...
Calo-as a custo, com firmeza e sem certeza.
O Silêncio inquieta-me... o choro, o grito, a revolta....
Exausto... desfigurado...Abraço-me como à própria vida.
Lágrimas gemem sem controlo nem pudor... Aceito...
Colo os estilhaços...
Pela ponte ergue-se a manhã em feixes de sol que secam vestígios da noite.
O mar engole as lágrimas, assim como as buzinas os gemidos...
Do tudo resta pouco e pelas mãos de um sorriso escapa-me um murmúrio terno:


“Aquele Abraço… sinto que o quero!”


2 comentários:

  1. He he he
    Conheço isto, conheço isto...
    Que bom que foi o abraço...

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  2. Obg pelo comentário Silvia... "Eu trago-te comigo e guardo este abraço só para ti"

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