quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Um Bom Ano...

Prestes a fazer um ano que abri esta janela, quero deixar aqui uma simples mensagem a todos quantos de uma forma ou de outra a olharam e especialmente aos que entraram!
Aqui retratei o que foi, sem dúvida, um ano intenso, vivido, desmedido, de “coração aos pulos” de descobertas, de revelações, de loucuras, de encontros, de desencontros, de vitórias e conquistas, de percas (Até Sempre amigo Nuno), de muita vida, essencialmente de Família, de AMIZADE.

Ano de “Broken Strings” de “The Story”, de “I Gotta Feeling” de “Halo” de “Selfish Love” de “Maria Maria” de “ When Love Takes Over”. Ano de “Marvil”, e da recém chegada “Trek”.

Talvez continue a abrir a janela para a semana, talvez não. O ano novo traz mudanças e as minhas já começaram. Portanto um FELIZ 2010 a todos e um Obrigado especial para vocês VM, JL, PB, IA, ED, AM, AF, RB, PF, VS, AI) Até à próxima!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A um amigo...

Abro hoje a janela – já tarde - para felicitar publicamente um amigo. Não o faria certamente se ele não fosse um amigo especial. E permito-me falar directamente para ele.

Vi-te crescer, e desde muito cedo que me intrigava ver-te várias vezes manietado por gesso nos pulsos, pelos braços ao peito, pelas pernas queimadas… “ Mais um doido como o meu irmão” pensava eu.

Os anos passam inevitavelmente e olho para ti de forma admirada na primeira vez que te vejo passar de bicicleta na nossa aldeia. A vontade de passar em primeiro lugar na tua terra ocupava-te o pensamento do dia anterior, diziam os “putos” da tua idade. Desconfiei disso – peço desculpa Amigo!

E não é que passaste mesmo em primeiro lugar… Confesso que me comovi, que senti genuína a tua expressão de alegria em resposta aos nossos gritos de incentivo. Nesse dia percebi que eras diferente dos demais.

Com o tempo fomos cruzando algumas saídas, trocando algumas palavras e no último ano a minha admiração por ti foi crescendo à medida que iam crescendo as nossas conversas e as nossas saídas. Nunca te disse Amigo, mas sofri com as tuas derrotas desportivas sempre com a certeza de que carregavas a tua equipa ao colo e que lutavas sozinho numa guerra contra muitos. Senti a tua enorme vontade de passar na tua aldeia de novo em primeiro, mesmo quando as condições eram adversas, e voltei a emocionar-me quando passaste bem destacado dos outros.

Hoje posso dizer que admiro-te pelas tuas capacidades físicas e desportivas mas essencialmente pela pessoa que és. Quando falo contigo esqueço-me que tens 20 anos. Ao longo deste ano foste o ombro amigo que me amparou e o braço que me empurrou nos momentos difíceis e turbulentos. A tua maturidade fascina-me e falar contigo dá sempre um ânimo especial. Obrigado por me ajudares quando mais precisava. Obrigado por me tirares de casa e me tentares mostrar o que é certo e errado. Obrigado sempre que me disseste “ Mas se fizeres isso, deixas de ser o João que eu conheço. É por sermos como somos que somos diferentes dos outros”. Obrigado pela expressão “ coração aos pulos”. A tua determinação, a tua garra, a tua inteligência e a tua humildade são invulgares. A tua entrega é desmedida e agora percebo porque andavas sempre com mazelas. Alguém como tu tem apenas um destino: o Sucesso!

Quando as pseudo-derrotas desportivas se assestaram sobre ti, sem que ninguém percebesse que não eram derrotas verdadeiras, escrevi-te qualquer coisa como “ Os Verdadeiros campeões não se fazem só de vitórias, champagne ou pódio, mas sim de atitude.”

Atitude tu tens, pelo que este ano voltas a ter todos os ingredientes para triunfar. Eu? Eu e Nós continuaremos à beira da estrada, este ano com cachecóis da Aluvia, com gritos de alento, com muita admiração, com toda a nossa amizade e com uma única certeza “ Força Joel Dois Portos está contigo.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Em resposta...

Perguntaram me ontem em jeito de brincadeira “ o que é que te aflige João Veríssimo?”
Tal como me habituei a responder sempre a esse tipo de questões, prontamente respondi: “ Nada, nada me aflige!” Acho que estava demasiado cansado e sem força para aceitar que hoje em dia muitas coisas me afligem.

Em jeito de brincadeira – “porque a brincar é que se dizem as coisas mais profundas” – abri hoje esta janela para responder de forma sincera a essa questão…

Aflige-me o furo na minha bicicleta que não me deixa andar enquanto não o reparar;
Aflige-me a calvície, as rugas e o peso dos 30 (quase à porta);
Afligem-me as lesões musculares cada vez mais frequentes;
Aflige-me o estado de saúde da minha avó, cada vez mais débil e que na maioria das vezes já nem se lembra quem sou;
Aflige-me não poder dar o melhor de mim a quem merece (amigos, família, à minha aldeia)
Aflige-me a insónia e a agitação da noite (manhã) anterior que não me deixou descansar;
Aflige-me o medo de correr riscos para ser “estupidamente feliz” (expressão que ouvi a uma amiga e achei excelente)
Aflige-me saber que existe uma fronteira muito ténue entre o Norte e a Paixão;
Aflige-me aceitar que a cada segundo que passa estou mais longe do Norte;
Aflige-me a escrita, que escreveria dias afim se quisesse dar liberdade a tudo o que sinto;
Aflige-me a ideia de que revelo sempre os meus sentimentos e que isso é um perfeito disparate;